Útil e inútil

Publicado em 11 de Janeiro de 2019 ‐ 2 min de leitura

“Útil” significa tudo aquilo que tem um fim noutro e não em si mesmo. É um instrumento, meio, intermediário. Não vale por si.

“Inútil” significa o que não tem um fim noutro. Pode ser: “não tem um fim noutro” porque não possui finalidade alguma; “não tem fim noutro” porque possui um fim em si mesmo.

Qual o caráter de útil?

O caráter de útil se prende à ideia de criação, de um mudar constante, de um dirigir-se sempre na escalada do progresso.

Qual o caráter de inútil?

Tendo-se em mente o fim em si mesmo, “inútil” caracteriza-se pela perfeição e pela liberdade.

O que diferencia bem-estar de felicidade?

Bem-estar prende-se à melhoria das condições materiais de nossa existência; a felicidade, às conquistas imperecíveis do Espírito.

A fase da criança é útil ou inútil?

A criança joga, pula, corre. Ela não pergunta “para que”, mas sim “o que”.

Como relacionar o útil e o inútil ao progresso?

O útil relaciona-se ao progresso material; o inútil, ao progresso moral.

Como vê-los na perspectiva espírita?

Allan Kardec, ao tratar da Lei do Progresso, diz-nos que os povos não podem ficar eternamente no estado natural. Conforme as civilizações tornam-se complexas, o homem tem de descobrir novos meios de produção, a fim de atender às suas necessidades, que também se ampliam.

De que maneira o Espiritismo pode contribuir para o progresso?

Destruindo o materialismo, que é uma das chagas da sociedade.

Onde encontrar o meio-termo entre o útil e o inútil?

A Mente, refletida pelos postulados espíritas, cria condições de conduzir nossas ações para o meio-termo. Ou seja, torna-nos conscientes do uso da máquina em benefício de nosso desenvolvimento moral e espiritual.

Mais questões: O “inútil” pode ser mais útil que o “útil”? Aprender o Espiritismo é útil ou inútil?

Bibliografia

KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. Tradução de José Herculano Pires. 14.ed., São Paulo: Feesp, 2010.

MENDONÇA, E. P. de. O Mundo Precisa de Filosofia. ### ed. Rio de Janeiro: Agir, 1970.

Fonte

Aprofundamento Doutrinário
Autor: Sérgio Biagi Gregório

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