Tragédia e fatalidade
Publicado em 11 de Janeiro de 2019 ‐ 2 min de leitura
Tragédia pode ser entendida como um fato real que aconteceu ou que irá acontecer, a qual é muito ruim e que nunca será esquecida. Seus sinônimos são: adversidade, calamidade, catástrofe, infortúnio. Exemplo: queda das Torres Gêmeas.
Como Aristóteles define a tragédia?
“Imitação de acontecimentos que provocam piedade e terror e que ocasionam a purificação dessas emoções”. (Poét., 6 1449 b 23) As situações que provocam “piedade e terror” são aquelas em que a vida ou a felicidade de pessoas inocentes é posta em perigo, em que os conflitos não são resolvidos ou são resolvidos de tal modo que determinam “piedade e terror” nos espectadores.
Como o trágico é visto no pensamento moderno?
De acordo com Hegel, o trágico é o conflito continuamente resolvido e superado na ordem perfeita do todo. De acordo com Schopenhauer, é o conflito não solucionado e insolúvel. Para Schiller, é o conflito que pode ser solucionado, mas cuja solução não é definitiva nem perfeitamente justa ou satisfatória.
Como se explica que a desgraça está sempre no caminho de uma pessoa?
Pode ser o resultado das escolhas feitas pelo Espírito antes de reencarnar. No seu verdadeiro sentido, fatal só é o instante da morte.
O ser humano pode impedir os acontecimentos que deviam realizar-se?
Pode. Desde que caiba na ordem geral da vida que ele escolheu.
O que falar das pessoas que nunca conseguem êxito na vida? Seria fatalidade?
Está mais para as escolhas feitas, pois essas pessoas quiseram ser experimentadas por uma vida de decepções.
Cite algumas frases sobre a tragédia.
“Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz.” (Platão)
“A morte de uma pessoa é uma tragédia; a de milhões, uma estatística.” (Joseph Stalin)
“O fato da consciência humana permanecer parcialmente infantil por toda a vida é o âmago da tragédia humana.” (Erik Erikson)
“Um homem sábio pode considerar a vida uma comédia, uma tragédia ou uma farsa, e ainda assim gozá-la.” (Harry Emerson Fosdick)
“A fatalidade não é senão aquilo que nós queremos.” (Romain Rolland)
“Não há uma fatalidade exterior. Mas existe uma fatalidade interior: há sempre um minuto em que nos descobrimos vulneráveis; então, os erros atraem-nos como uma vertigem.” (Antoine de Saint-Exupéry)
“Crer na fatalidade, é criá-la em nós mesmos.” (George Sand)
Bibliografia
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. Tradução de José Herculano Pires. 14.ed., São Paulo: Feesp, 2010, perguntas 851 a 867.
Fonte
Aprofundamento Doutrinário
Autor: Sérgio Biagi Gregório
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