Subjulgação

Publicado em 1 de Fevereiro de 2019 ‐ 5 min de leitura

  • Domínio que alguns Espíritos logram adquirir sobre certas pessoas. Nunca é praticada senão pelos Espíritos inferiores, que procuram dominar. Os bons Espíritos nenhum constrangimento inflingem. Aconselham, combatem a influência dos maus e, se não os ouvem, retiram-se. Os maus, ao contrário, se agarram àqueles de quem podem fazer suas presas. Se chegam a dominar algum, identificam-se com o Espírito deste e o conduzem como se fora verdadeira criança.

Consequências da Subjulgação

A subjugação pode ser moral ou corporal. No primeiro caso, o subjugado é constrangido a tomar resoluções muitas vezes absurdas e comprometedoras que, por uma espécie de ilusão, ele julga sensatas: é como uma fascinação. No segundo caso, o Espírito atua sobre os órgãos materiais e provoca movimentos involuntários.

Traduz-se, no médium escrevente, por uma necessidade incessante de escrever, ainda nos momentos menos oportunos. Vimos alguns que, à falta de pena ou lápis, simulavam escrever com o dedo, onde quer que se encontrassem, mesmo nas ruas, nas portas, nas paredes.

Vai, às vezes, mais longe a subjugação corporal; pode levar aos mais ridículos atos. Conhecemos um homem, que não era jovem, nem belo e que, sob o império de uma obsessão dessa natureza, se via constrangido, por uma força irresistível, a pôr-se de joelhos diante de uma moça a cujo respeito nenhuma pretensão nutria e pedi-la em casamento. Outras vezes, sentia nas costas e nos jarretes ( (anat.) região do joelho, oposta à rótula. (Pl.: jarretes.) (Do fr. jarret.) uma pressão enérgica, que o forçava, não obstante a resistência que lhe opunha, a se ajoelhar e beijar o chão nos lugares públicos e em presença da multidão. Esse homem passava por louco entre as pessoas de suas relações; estamos, porém, convencidos de que absolutamente não o era; porquanto tinha consciência plena do ridículo do que fazia contra a sua vontade e com isso sofria horrivelmente."

No item 240 de O Livro dos Médiuns, Kardec nos explica:

“A subjugação é uma constrição que paralisa a vontade daquele que a sofre e o faz agir a seu mau grado. Numa palavra: o paciente fica sob um verdadeiro jugo (s. m. Canga de bois; junta de bois; espécie de forca por baixo da qual os romanos faziam passar os inimigos vencidos; Neste caso a palavra é utilizada em sentido figurado (fig.) sujeição; domínio; opressão. (Do lat. jugu.).

Perguntas Relacionadas

Em que contexto a fascinação e a subjugação aparecem?

No capítulo 23, de O Livro dos Médiuns, em que se lê: Obsessão Simples, Fascinação, Subjugação, Causas da Obsessão e Meios de Combatê-la.

O que se entende por fascinação?

É o quebranto, a hipnose, o mau-olhado, a sedução, etc. Do ponto de vista espírita, é a ação direta exercida por um Espírito obsessor sobre a do indivíduo, perturbando-o ou embaralhando-lhe as ideias. É uma espécie de ilusão produzida sobre o pensamento do médium e que paralisa de alguma sorte seu julgamento a respeito das comunicações que recebe.

O que se entende por subjugação?

É o domínio que alguém exerce sobre outrem. Segundo o Espiritismo, é a constrição exercida por Espírito (ou Espíritos) inferior, a qual paralisa a vontade de maneira contrária aos próprios desejos ou sentimentos, levando-o à aberração das faculdades psicofisiológicas.

Como se divide a subjugação?

A subjugação pode ser moral ou corporal. No primeiro caso, o subjugado é compelido a tomar atitudes absurdas e comprometedoras e que, por uma espécie de ILUSÃO, julga sensatas. No segundo caso, o Espírito age sobre os órgãos e produz movimentos involuntários.

Qual a causa da obsessão?

É a imperfeição moral, que dá ascendência a um Espírito mau. Quase sempre a obsessão resulta de vingança, proveniente de encarnações passadas.

Qual o problema da obsessão?

É o problema de mente a mente ou de mentes para com outras mentes. É, pois, uma questão de “atitudes” mutuamente assumidas.

Como se processam as obsessões graves?

Nos casos graves de obsessão, o obsedado fica tão impregnado de fluidos perniciosos, dificultando a substituição deles pelos bons fluidos. Para livrá-lo do monoideísmo, ou seja, do estado patológico caracterizado pela tendência de uma pessoa retornar sempre em seu pensamento em sua palavra a um só tema, Allan Kardec ressalta que, além do mecanismo dos fluidos, devemos agir sobre o ser inteligente, mudando-lhe o teor dos pensamentos.

Há diferença entre obsessão e possessão?

Sim. Na obsessão, o Espírito atua externamente; na possessão, em vez de agir externamente, o Espírito atuante se substitui, por assim dizer, ao Espírito encarnado.

Existe boa obsessão? Boa possessão?

Na obsessão, há sempre um Espírito mau; na possessão, pode tratar-se de um Espírito bom, que quer falar e tomar o corpo de um encarnado que voluntariamente lho empresta.

Como facilitar a cura da obsessão?

Mudando as atitudes e o comportamento. É o esforço para pensar no bem quando toda a circunstância nos leva a pensar no mau.

O que fazer quando não conseguimos nos livrar, por nós mesmos, da

obsessão? Procurar um Centro Espírita idôneo. Com médiuns experientes, em sua lide, o Centro Espírita, através dos trabalhos de desobsessão, pode prestar um grande auxílio para o tratamento da obsessão.

Bibliografia

  • KARDEC, A. A Gênese - Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. 17. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1975.
  • KARDEC. A. A Obsessão. 3. Ed. São Paulo: O Clarim, 1978.
  • KARDEC, A. O Livro dos Médiuns ou Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores. São Paulo:Lake, [s.d.p.]

Fonte

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