Remorso

Publicado em 11 de Janeiro de 2019 ‐ 3 min de leitura

Inquietação, abatimento da consciência que percebe ter cometido uma falta, um erro.

Como o remorso é visto em termos teológicos?

É o estado de pena interior que se segue normalmente ao ato de violação da ordem moral.

Qual a diferença entre remorso e arrependimento?

O remorso é apenas um sentimento, enquanto o arrependimento já é uma vontade: é a consciência dolorosa de uma falta passada, somada à vontade de evitá-la daí em diante e, se possível, repará-la.

Como, em termos espíritas, relacionar remorso e arrependimento?

O remorso é o prelúdio do castigo. O arrependimento, a caridade e a fé nos conduzirão à felicidade?

Como exemplificar a dor causada pelo remorso?

Na Revista Espírita de 1858, Allan Kardec publica o diálogo feito com o ASSASSINO LEMAIRE, Condenado à pena última pelo júri de Aisne, e executado a 31 de dezembro de 1857. Foi evocado em 29 de janeiro de 1858. Em suas explicações, anotamos duas frases: 1) “eu estava imerso numa grande perturbação”; 2) “Um sofrimento intolerável, uma espécie de remorso pungente, cuja causa ignorava”.

Qual a utilidade do remorso?

É que somente o remorso faz o Espírito culpado compreender a gravidade de suas faltas.

Qual a verdadeira chaga da sociedade? Por que ela nos leva ao remorso?

A verdadeira chaga da sociedade é a incredulidade. A incredulidade pode ser apontada como a causa de todas as desordens. A negação do princípio espiritual, a crença no nada depois da morte e as ideias materialistas preconizadas pelos homens influentes infiltram-se nos jovens e suga-lhes esse ímpeto para o invisível.

Como analisar o remorso em termos da consciência?

A consciência produz dois efeitos diferentes: a satisfação de ter agido bem, a paz que deixa a consciência do dever cumprido, e o remorso que penetra e tortura quando se praticou uma ação reprovada por Deus, pelos homens ou pela honra.

Quais são as consequências das nossas escolhas?

As nossas escolhas pertencem ao nosso livre-arbítrio. Se optarmos pelo bem, teremos, como consequência, mais liberdade; pelo mal, menos liberdade. A razão é simples: o bem livra o nosso Espírito do remorso, do arrependimento; o mal requer que refaçamos o erro cometido.

De que maneira podemos eliminar o remorso?

De acordo com o Espiritismo, o prazo da expiação está subordinado ao melhoramento do culpado. Os trinta e três itens do código da vida futura podem ser resumidos em: arrependimento, expiação e reparação, ou seja, apagar os traços de uma falta e suas consequências.

O arrependimento salva o culpado?

O arrependimento por si só não é suficiente; ele apenas prepara e suaviza a expiação. Uma ação má é um desvio com relação à Lei Natural; a sua consequência é a dor e o sofrimento.

Fonte

Aprofundamento Doutrinário
Autor: Sérgio Biagi Gregório

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