Realidade
Publicado em 11 de Janeiro de 2019 ‐ 2 min de leitura
Designa-se por real o que existe em oposição tanto ao que é apenas aparente quanto ao que é puramente possível. A realidade opõe-se ao imaginário e ao ilusório, mas sem estes não a concebemos. A própria alucinação é uma realidade para o alucinado (e outra realidade para aquele que o ouve e trata-o).
Como começou o estudo do realismo?
Começou na Grécia com o discernimento entre as coisas: discernir entre aquilo que tem uma existência meramente aparente e aquilo que tem existência real, uma existência em si, uma existência primordial, irredutível a outra.
Como Platão relaciona realidade e ilusão?
Para Platão, a maioria dos seres humanos se encontra como prisioneira de uma caverna, permanecendo de costas para a abertura luminosa e de frente para a parede escura do fundo. Devido a uma luz que entra na caverna, o prisioneiro contempla na parede do fundo as projeções dos seres que compõe a realidade. Acostumado a ver somente essas projeções, assume a ilusão do que vê, as sombras do real, como se fosse a verdadeira realidade.
Que relação há entre tolerância e recusa do real?
Aceitamos o real, mas quando o nível de tolerância é suspenso, já não o queremos mais ver. Daí partirmos para uma recusa do real, que pode ser radical ou flexível.
Como enfrentar a realidade, o problema?
Geralmente, partimos para fuga (ilusão): deixar a preocupação de lado, fazer vistas grossas. Se nos assoma uma tristeza pela morte de um familiar, vamos buscar a compensação nos entretenimentos, nas companhias, na bebida etc., esquecendo-nos de que cultivar a tristeza é o melhor antídoto contra a sua depressão.
Como captar a realidade que nos rodeia?
Se acostumarmo-nos a olhar tudo sem defesas, sem desculpas talvez pudéssemos melhor captar a realidade que está à nossa volta. Se nos contam um problema difícil, temos mil conselhos para dar. Mas quando o problema é nosso, não aplicamos o dito conselho a nós mesmos.
Fonte
Aprofundamento Doutrinário
Autor: Sérgio Biagi Gregório
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