Prazer

Publicado em 1 de Fevereiro de 2019 ‐ 4 min de leitura

  • Gratificação dos sentidos.
  • Estado de satisfação dos sentidos ou da mente; alegria, contentamento, júbilo;

Perguntas Relacionadas

O que se entende por prazer?

Estado afetivo agradável. Júbilo, alegria, contentamento. Satisfação moral em que os elementos de ordem intelectual e espiritual sobrepõem-se aos de ordem sensível.

O contraponto do prazer é a dor?

Não. Para Antonio Sérgio, na sua tese sobre A Natureza da Afecção (1911), o contraponto do prazer é o “desprazer”, e não a dor. Alega que esta, ao contrário do prazer ou desprazer, é localizada em algum ponto do corpo físico. Diz ainda que algumas dores são prazerosas, como é o caso de se coçar uma ferida. (1)

Quais são as duas principais correntes de pensamento que tratam do

binômino prazer-dor? Monistas e dualistas. Para os monistas, o prazer e a dor são ligados a uma mesma função, vindos de uma mesma origem, ora manifestando-se de forma positiva ora de forma negativa. Para os dualistas, prazer e dor são distintos. Nesse caso, o prazer estaria ligado ao determinismo exclusivamente interno das necessidades e a dor ao determinismo exclusivamente externo das defesas. (1)

No que se funda o princípio do prazer?

Para a teoria psicanalítica, o prazer rege o funcionamento psíquico, cuja finalidade é evitar o desprazer e proporcionar o prazer por redução das quantidades de excitação. (2)

Pode-se buscar o prazer só por si mesmo?

Não. O prazer é resultante de uma atividade que atinge um bem. Quando busca-se a si mesma, pode autodestruir-se. Observe a seguinte comparação: é como a sombra que se afasta de quem a persegue, mas não abandona quem a origina. (3)

Que relação pode se estabelecer entre prazer e bem?

Em termos religiosos, podemos relacionar prazer e bem. Observe o pensamento de São Tomás de Aquino, na sua Summa Theologica: “É a mesma coisa desejar o bem e desejar a deleição (prazer), e qual não é outra coisa que o repouso no bem”.

Como nos devemos posicionar ante o desejo e o prazer?

O desejo deve ser movido pela virtude da temperança, ou seja, ele deve ser refletido segundo a razão e não segundo a emoção.

A música espiritual depura o prazer?

Sim. No livro Obras Póstumas, Allan Kardec tece comentários sobre a música divina e a influência que o Espiritismo exercerá sobre a música de um modo geral, propiciando um terreno fértil para uma música mais fina e requintada.

Cite algumas frases sobre o prazer.

“Uma metade do mundo não consegue entender os prazeres da outra metade.” (J. Austen);

“Não existe deleite sem um misto de dor.” (G. Bruno);

“O prazer é o meio mais certo de conhecimento que a Natureza nos oferece e… aquele que muito sofreu é menos sábio do que aquele que muito se alegrou.” (G. D’Annunzio);

“A alegria torna o homem sociável, a dor individualiza-o.” (Ch. F. Hebbel);

“O homem pode suportar a dor sozinho, mas é preciso estar em dois para ficar contente.” (E. G. Hubbard);

“Posso compartilhar as dores das pessoas, mas não seus prazeres. Existe algo curiosamente aborrecedor na felicidade alheia.” (A. L. Huxley);

“Todo prazer tem seu momento culminante quando está para acabar.” (Sêneca)

“É justamente em meio aos prazeres que nascem as causas de dor.” (Sêneca)

O prazer é factível de evolução?

Conforme os anos passam, vamos adquirindo novos modos de vida e novas percepções do prazer. Com uma idade mais avançada, podemos dispensar mais tempo ao cultivo de nossa alma. Em certos momentos, é como se estivéssemos vivendo a alegria da prece, narrada em O Evangelho Segundo o Espiritismo, em que ouvimos “as liras dos arcanjos, a voz doce e suave dos serafins, mais leves que as brisas da manhã quando brincam nas folhagens dos seus grandes bosques”.

Bibliografia

(1) GRANDE ENCICLOPÉDIA PORTUGUESA E BRASILEIRA. Lisboa/Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia, [s.d. p.].

(2) DUROZOI, G. e ROUSSEL, A. Dicionário de Filosofia. Tradução de Marina Appenzeller. Campinas, SP: Papirus, 1993.

(3) ENCICLOPÉDIA LUSO-BRASILEIRA DE CULTURA. Lisboa: Verbo, [s. d. p.]

Fonte

Aprofundamento Doutrinário
Autor: Sérgio Biagi Gregório

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Fonte

O Consolador - Vocabulário