Obsessão
Publicado em 1 de Fevereiro de 2019 ‐ 5 min de leitura
Domínio que alguns Espíritos logram adquirir sobre certas pessoas. Nunca é praticada senão pelos Espíritos inferiores, que procuram dominar. Os bons Espíritos nenhum constrangimento inflingem. Aconselham, combatem a influência dos maus e, se não os ouvem, retiram-se. Os maus, ao contrário, se agarram àqueles de quem podem fazer suas presas. Se chegam a dominar algum, identificam-se com o Espírito deste e o conduzem como se fora verdadeira criança.
É classificada em obsessão simples, fascinação e subjugação.
Obsessão nas Obras Básicas
Ao examinarmos as obras básicas, encontramos as seguintes definições:
Segundo “O Livro dos Médiuns” - capítulo 23, item 237: “Domínio que alguns Espíritos logram adquirir sobre certas pessoas. Nunca é praticada senão por Espíritos inferiores, que procuram dominar”.
Em “O Evangelho Segundo o Espiritismo” – capítulo 28, item 81: “É a ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres muito diversos, desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais”.
Em “O Livro dos Espíritos” – capítulo 9, questão 474: “… a alma ficar na dependência de outro Espírito, de modo a se achar subjugada, ou obsidiada, ao ponto de a sua vontade vir a achar-se, de certa maneira, paralisada”.
Em “Obras Póstumas” - capítulo 7, item 56: “Domínio que os maus Espíritos assumem sobre certas pessoas, com o objetivo de as escravizar e submeter à vontade deles, pelo prazer que experimentam em fazer o mal. Quando um Espírito bom ou mau, quer atuar sobre um indivíduo, envolve-o, por assim dizer, no seu perispírito, como se fora um manto.”
A Obsessão – Um dos maiores escolhos (obstáculos) da Mediunidade:
Kardec comenta no item 242:
“A obsessão, como dissemos, é um dos maiores escolhos da mediunidade e também um dos mais freqüentes. Por isso mesmo, não serão demais todos os esforços que se empreguem para combatê-la, porquanto, além dos inconvenientes pessoais que acarreta, é um obstáculo absoluto à bondade e à veracidade das comunicações. A obsessão, de qualquer grau, sendo sempre efeito de um constrangimento e este não podendo jamais ser exercido por um bom Espírito, segue-se que toda comunicação dada por um médium obsidiado é de origem suspeita e nenhuma confiança merece. Se nelas alguma coisa de bom se encontrar, guarde-se isso e rejeite-se tudo o que for simplesmente duvidoso.”
Fontes
O Consolador - Vocabulário Introdução à Doutrina Espírita | Obsessão
Perguntas Relacionadas
O que significa a palavra obsessão? Quais são os seus caracteres?
Obsessão é a influência que Espíritos inferiores exercem em determinados indivíduos. Decorre sempre de uma imperfeição moral, que dá ascendência a um Espírito mau. Reconhecemos a obsessão pelos seguintes caracteres: 1) persistência de um único Espírito em querer comunicar-se;### ilusão do médium, impedindo-o de reconhecer o ridículo e a falsidade da comunicação que recebe; 3) tomar por mal as críticas a respeito das comunicações que recebe; 4) desejo incessante e inoportuno de escrever;### disposição de se afastar das pessoas que lhe podem dar úteis avisos. (1)
Quais são os graus da obsessão?
Obsessão Simples: persistência do Espírito em comunicar-se, quer o
médium queira, quer não, impedindo que outros Espíritos o façam.
Fascinação: ação direta exercida por um Espírito inferior sobre a
do indivíduo, perturbando ou embaralhando suas idéias.
Subjugação: constrição exercida por Espírito (ou Espíritos
inferiores), a qual paralisa a vontade de maneira contrária aos próprios desejos e sentimentos, levando-o à aberração das faculdades psicofisiológicas. Pode apresentar-se de forma moral ou corporal. (1)
Quais são as causas da obsessão?
Os Espíritos influenciam os encarnados pelas seguintes razões: 1) vingança que exerce sobre um indivíduo do qual teve do que se queixar durante sua vida ou numa outra existência; 2) desejo de fazer o mal (como sofre, quer que os outros sofram também); 3) covardia (aproveitam-se das fraquezas morais de certos indivíduos) (1)
Quem causa obsessão em quem?
Geralmente, achamos que estamos sendo obsedados pelos Espíritos menos felizes. Nem sempre é assim. Muitas vezes, somos nós que os obsedamos, principalmente quando um parente desencarna e nós ficamos pensando nele dia e noite. Os Espíritos superiores orientam-nos a orar por eles e deixar que cada qual siga o seu caminho.
Explique a obsessão em termos da simbiose das mentes
Qual se verifica entre a alga e o cogumelo, a mente encarnada entrega-se, inconscientemente, ao desencarnado que lhe controla a existência, sofrendo-lhe temporariamente o domínio até certo ponto, mas, em troca, à face de sensibilidade excessiva de que se reveste, passa a viver, enquanto perdure semelhante influência necessariamente protegido contra o assalto de forças ocultas ainda mais deprimentes. (2)
Que relação há entre obsessão e vampirismo?
Vampiro é toda entidade ociosa que se vale, indebitamente, das possibilidades alheias. Em se tratando dos Espíritos que sugam as energias dos encarnados, devemos reconhecer que eles atendem ao chamamento destes. De modo que a eliminação da influência menos feliz deve começar em nós mesmos. (3)
Há possibilidade de a possessão ser de um Espírito bom?
Na obsessão há sempre um Espírito malfeitor. Na possessão pode tratar-se de um Espírito bom que queira falar e que, para causar maior impressão nos ouvintes, toma do corpo de um encarnado, que voluntariamente lho empresta, como emprestaria seu fato a outro encarnado. Isso se verifica sem qualquer perturbação ou incômodo, durante o tempo em que o Espírito encarnado se acha em liberdade, como no estado de emancipação, conservando-se este último ao lado do seu substituto para ouvi-lo. (4)
Como o Espírito André Luiz analisa o afastamento do obsessor?
De acordo com o Espírito André Luiz, devemos considerar: a) obsedado e obsessor comungam um mesmo estado de alma, dificultando a identificação da verdadeira da vítima, principalmente com a visão circunscrita ao corpo terrestre; b) existem processos laboriosos de resgate, em que, depois de afastados os elementos da perturbação e da sombra, perseveram as situações expiatórias; c) diante do obsedado, fixam apenas um imperativo imediato, afastamento do obsessor, mas, como rebentar, de um instante para outro, algemas seculares forjadas nos compromissos recíprocos da vida em comum? (5)
Bibliografia
(1) O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, capítulo 23. (2) Evolução em Dois Mundos, pelo Espírito André Luiz, capítulo 14. (3) Missionários da Luz, pelo Espírito André Luiz, capítulo 4. (4) A Gênese, de Allan Kardec, capítulo 14, item 48. (5) Missionários da Luz, pelo Espírito André Luiz, capitulo 17 e 18.
Fonte
Aprofundamento Doutrinário
Autor: Sérgio Biagi Gregório
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