Moral
Publicado em 1 de Fevereiro de 2019 ‐ 4 min de leitura
Moral é o conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupo ou pessoa determinada.
Sistema de idéias que tem por finalidade orientar o uso da liberdade pessoal mediante a distinção entre o bem e mal, de modo que a conduta não acarrete sofrimentos.
O que é moral?
Do latim morales, “relativo aos costumes”. A raiz mores significa costumes e também comportamento. Por isso, define-se a moral como o “conjunto de normas que orientam o ser humano para a realização do seu fim”. Aqui, fim é concernente à destinação do ser e não ao seu objetivo.
O que é moralidade?
É um sistema de preceitos morais. Para ser viável, um código moral deve ser coercitivo (negativo) em alguns aspectos e permissivo (ou positivo) em outros. Deve equilibrar ônus e recompensas. Na moral religiosa, ônus e recompensas vêm depois da morte; na moralidade humana, nesta própria vida.
A moral tem necessidade de um porvir?
Não. O presente lhe basta. Isso quer dizer que se nos fosse anunciado o fim do mundo, em nada abalaria a moral, porque ela não depende de tempo e espaço. O valor não depende dos seus efeitos esperados, mas apenas da regra à qual se submete.
Qual o paradoxo da moral em Sócrates?
Sócrates diz que ninguém faz o mal voluntariamente, e é melhor ser ofendido do que ofender. Essas afirmações se chocam com as “morais médias”, que reconhecem a cada um a necessidade de possuir um mínimo de bens, e o direito, se não o dever, de defender os seus interesses legítimos. Acrescenta que em nenhum caso se deve fazer o mal, inclusive aos inimigos. Era evidente para todo o mundo que se devia fazer bem aos amigos e mal aos inimigos. Pregava que não devia responder a injustiça com a injustiça.
Para Sócrates, qual o maior dos males?
Para Sócrates, o maior dos males é cometer uma injustiça. É sempre melhor sofrer um agravo do que cometê-lo. Quem sofre, tem meios de se consolar. Quem os comete, não. Deverá “pagar” pelo que fez.
No que se funda a moral socrática?
Na “moral média”, que é a busca da felicidade e que a felicidade depende de uma feliz proporção de riquezas, de saúde, de amizade, de amor, de laços familiares, de responsabilidade e de sorte. Nesse caso, há necessidade de se evitar todos os excessos. Fazer mal é ter a alma doente.
Qual a interpretação de Kant sobre a moral?
Kant analisa as nossas ações tendo em mente os tópicos “acordo com o dever” e “por dever”. Quando a pessoa age de acordo com o dever, ela apenas obedece às ordens: não há esforço da criatura. Quando age por dever, coloca todo o seu ser em cada ação, lutando contra as suas próprias inclinações.
Há diferença entre ética e moral?
Embora utilizemos os dois termos para expressarmos as noções do bem e do mal, convém fazermos uma distinção: a Moral é normativa, enquanto a Ética é especulativa. A Moral, referindo-se aos costumes dos povos nas diversas épocas, é mais abrangente; a Ética, procurando o nexo entre os meios e os fins dos referidos costumes, é mais específica. Pode-se dizer, que a Ética é a ciência da Moral. A moral responde à pergunta: “O que devo fazer?”. A ética, por seu turno, responde à pergunta: “Como viver?”
Como se pode distinguir o bem do mal?
O bem é tudo o que está de acordo a lei de Deus e o mal é tudo o que dela se afasta. Quanto mais nos predispusermos a praticar o bem mais livre estaremos; a pratica do mal torna-nos escravos dos próprios vícios. Embora a sociedade nem sempre puna os culpados, a lei moral é um juiz implacável, pois está no centro de nossa consciência. Quando o homem toma consciência do mal e começa a ver que poderia agir de forma diferente, aí começa a crescer o “homem novo”.
Fonte
Aprofundamento Doutrinário
Autor: Sérgio Biagi Gregório
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