Hipnotismo
Publicado em 1 de Fevereiro de 2019 ‐ 3 min de leitura
Hipnos é o Deus do sono na Mitologia Grega. Hipnose. Psiq. Estado particular de estreitamento e turvação da consciência, artificialmente provocado no qual a atividade do pensamento e da vontade próprios estão consideravelmente limitados e substituídos pelas ideias, sensações e ordens dadas (sugeridas) pelo hipnotizador. Hipnotismo é o sono sonambúlico provocado. São os vários processos, pelos quais uma pessoa dotada de grande força de vontade exerce sua influência sobre outras pessoas de ânimo mais débil, numa espécie de êxtase (ou transe).
Quais são as origens alquímicas do hipnotismo?
Franz Anton Mesmer (1734-1815), formado em medicina, deu início à teoria do hipnotismo. Sua tese doutoral foi: De Influxu Planetarum in Corpus Humanun (“Da Influência dos Planetas sobre o Corpo Humano”), claramente relacionada com a Astrologia. Começando pelas técnicas desenvolvidas por Hell, que colocava magnetos nas partes doentes de seus pacientes, Mesmer, pelas suas experimentações, chegou à teoria do “magnetismo animal” (1779). Dizia ele existir um fluido que interpenetrava tudo e que dava às pessoas, propriedades análogas àquelas do ímã.
Como evoluíram as ideias sobre o hipnotismo?
O Marquês de Puységur, discípulo de Mesmer, desenvolvendo linha própria de pesquisa, coloca os seus pacientes num estado de semi-adormecimento, e percebe que eles saíam com a saúde melhorada. Daí, o sonambulismo (1787). No decorrer do século seguinte, surgiram um sem-número de correntes terapêuticas baseadas nas ideias originais de Mesmer. Em 1841, Braid estabeleceu uma clara distinção entre o hipnotismo e o antigo magnetismo animal. O hipnotismo refere-se à “parte mental do processo”. Posteriormente, Charcot o estuda metodicamente, Liebault o aplica à clínica e Freud o utiliza ao criar a Psicanálise.
Qual a diferença (presentemente) entre magnetismo e hipnotismo?
O magnetismo aceita a existência de um fluido especial, que é projetado pelo magnetizador influenciando a pessoa que o recebe. O hipnotismo admite que o paciente fica hipnotizado por auto-sugestão e concentração mental, não havendo fluido algum. Apenas o hipnotismo é aceito pela ciência, em virtude de o magnetismo fundamentar a cura de uma doença na transmissão de fluidos.
Como o magnetismo e o hipnotismo podem ser vistos sob a ótica espírita?
No Espiritismo, urge acrescentar o elemento “magnetismo espiritual”, que são os fluidos projetados pelos Espíritos desencarnados. Enquanto o magnetizador comum pode até cobrar pelas suas sessões de magnetização, sob o ponto de vista do Espiritismo, o médium é apenas um intermediário dessas forças, que auxiliam na cura de uma doença.
Como se processa a cura?
Através da substituição de uma molécula malsã por uma molécula sã. Aí entram em cena o magnetismo do médium e o magnetismo dos Espíritos. Acrescenta-se, ainda, o merecimento da cura por parte da pessoa doente.
A cura depende da técnica de magnetização?
Não. Depende muito mais da forma como o paciente se condiciona, se entrega ao transe, se deixa sugestionar. Se formos ao um Centro Espírita tomar um “passe” e não tivermos confiança que ele irá restaurar nossas forças, o resultado será bem menor do que se tivermos a fé inabalável de que aquele fluido vai nos ajudar enormemente.
Quais os cuidados que o médium deve ter com relação ao magnetismo e ao hipnotismo?
Diz-se que todos somos médiuns, no sentido de recebermos diversas influências dos Espíritos. Rendendo-nos às sugestões frívolas, ficaremos presos às influências de Espíritos menos evoluídos. Convém, assim, estarmos sempre fazendo esforços na renovação e purificação dos nossos pensamentos.
Bibliografia
- GRANDE ENCICLOPÉDIA PORTUGUESA E BRASILEIRA. Lisboa/Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia, [s.d. p.].
- DICIONÁRIO DO INEXPLICADO. Edições Planeta.
Fonte
Aprofundamento Doutrinário
Autor: Sérgio Biagi Gregório
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