Eudaimonia

Publicado em 11 de Janeiro de 2019 ‐ 2 min de leitura

Teoria ética que considera o anseio da felicidade como o principal motivo da conduta humana, tanto pessoal como coletiva, e que todas as ações que levem à felicidade são moralmente boas e aceitáveis.

O que se entende por “daimon”?

Daimon é uma entidade sobrenatural, situada entre um deus (theos) e um herói. É também espírito e, por extensão, anjo da guarda. Daimon era o espírito protetor de Sócrates.

O que significa eudaimon?

Literalmente, “bom demônio”. Quem tem um bom demônio é uma pessoa feliz; daí, eudaimonia significar felicidade.

Como os filósofos viam a felicidade?

Para Demócrito, a felicidade não consiste nos bens externos; para Platão, a felicidade reside na justiça; para Aristóteles, ela se fundamenta na contemplação intelectual.

O que é eudemonismo?

Literalmente, ‘eudemonismo’ significa “posse de um bom demônio”. É gozo ou fruição, cujo resultado final é a prosperidade, a felicidade. Filosoficamente, toda tendência ética segundo a qual a felicidade é o sumo bem.

Quais são as maneiras de se ver a felicidade?

A felicidade pode consistir em “bem-estar”, em “prazer”, em “atividade contemplativa”… Trata-se de um “bem” e de uma “finalidade”.

Há compatibilidade entre bem e felicidade?

Para os eudemonistas, sempre haverá compatibilidade entre bem e felicidade, pois a felicidade é o prêmio da virtude. Para os opositores do eudemonismo, a felicidade e o bem podem coincidir, mas não coincidem necessariamente. Nesse caso, a virtude vale por si mesma, independentemente da felicidade que ela possa produzir.

Que relação há entre felicidade e religião?

Em religião, fala-se da beatitudo (felicidade). Há, também, a “felicidade animal”, que é passageira e, por isso, se diz que é “felicidade aparente”. A verdadeira felicidade (beatitudo) expressa-se na posse e fruição de Deus.

Há divergência de acepção entre os pensadores antigos e os modernos

acerca da felicidade? As divergências de pontos de vista são enormes. Há, porém, algo que permanece comum em todos eles: a felicidade nunca é apresentada como um bem em si mesmo, já que para saber o que é felicidade deve-se conhecer o bem ou os bens que a produzem.

Qual o peso da “felicidade” nas obras filosóficas?

Quando os filósofos discutem sobre a ética e o problema do bem devem necessariamente tratar do conceito de felicidade.

Bibliografia

MORA, J. Ferrater. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Loyola, 2004.

PETERS, F. E. Termos Filosóficos Gregos: Um Léxico Histórico. Tradução Beatriz Rodrigues Barbosa. 2. ed. Lisboa: Fundação Calouse Gulbenkian, 1983.

Fonte

Aprofundamento Doutrinário
Autor: Sérgio Biagi Gregório

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