Células Tronco
Publicado em 11 de Janeiro de 2019 ‐ 8 min de leitura
Célula indiferenciada capaz de dar origem a outros tecidos.
Perguntas Relacionadas
O que são células?
As células são consideradas como a menor porção viva do organismo. Podem ser vistas somente depois de aumentadas centenas de vezes pelo microscópio.
Qual é a constituição das células?
Há muitos elementos, mas fundamentalmente são formadas de três partes: membrana envolvente, citoplasma e núcleo.
O que é o tecido?
Tecido é um grupo de células semelhantes destinado à realização de determinadas funções: tecido epitelial, tecido conjuntivo, tecido cartilaginoso, tecido ósseo, tecido muscular.
O que são os órgãos?
Órgãos são formados por um tecido ou um grupo de tecidos que desempenham determinadas funções: intestino, cérebro, fígado.
O que são sistemas e aparelhos?
Sistemas são formados por um conjunto de órgãos constituídos por um único tecido: sistema ósseo, sistema nervoso etc. Aparelhos são formados por um conjunto de órgãos constituídos por vários tecidos: aparelho digestivo, aparelho respiratório, aparelho circulatório.
O que é o organismo?
O organismo humano é formado por numerosos órgãos, os quais trabalham harmonicamente para assegurar a vida.
Quantos tipos de células temos no corpo humano?
Há cerca de 210 tipos de células diferentes no corpo humano.
O que são as células-tronco?
Uma célula-tronco é uma célula que pode se reproduzir e gerar diferentes tipos de células funcionais.
Quais são, presentemente, as células-tronco mais famosas?
São as células-tronco embrionárias (CTEs), cultivadas in vitro.
O que é um embrião?
O embrião é uma estrutura originária da fertilização de um óvulo (gameta feminino) por um espermatozoide (gameta masculino).
O que se entende por cultura de tecidos e quando começou a ser
usada? Cultura de tecidos consiste em produzir células fora do corpo, em tubos de ensaio. Foi a partir de 1950 que começou a ser usada, quando passou a ser possível comprar de fornecedores biológicos.
O que é a terapia celular?
É o uso de novas células para substituir as que morreram e introduzi-las na parte do corpo em questão. Exemplos: células do músculo do coração para um coração fraco; neurônios em uma parte do cérebro afetada por um AVC.
Qual é a mais importante forma de terapia com células-tronco?
É o transplante de medula óssea, pois é possível coletar medula óssea (e as células-tronco hematopoéticas que contém) em quantidade suficiente de doadores vivos.
O que são as pretensas terapias com células-tronco?
São as “terapias com células-tronco” que não tem explicação científica clara. Isso normalmente envolve enxertos autólogos de células de uma parte do corpo em outra, ou às vezes enxertos alogênicos de determinada linhagem de celular na região afetada.
Há Espíritos ligados aos embriões in vitro?
Teoricamente, é possível que muitos embriões concebidos in vitro não tenham Espíritos, porém, é impossível aceitar que, nesse tipo de fertilização, nunca haverá ligação de Espíritos.
Qual deve ser a posição espírita para os casos dos embriões
congelados que foram destinados à pesquisa com fins reprodutivos? Se foram criados com a intenção de nascer, podem perfeitamente ter Espíritos ligados. Se o embrião congelado não é vida, por que o embrião no útero seria?
CÉLULAS-TRONCO E EMBRIÕES CONGELADOS
(matéria publicada na
em março de 2006)
Dr. Décio Iandoli Junior (vice-presidente da AME-Santos), professor titular da cadeira de Fisiologia da UNISANTA, cirurgião do Aparelho Digestório
A questão 353 de O Livro dos Espíritos afirma que a encarnação só se completa após o nascimento, e a 344, que o espírito se liga ao novo corpo desde a concepção. Em Missionários da Luz (cap. XIII), Alexandre ensina que a encarnação só se completa por volta dos sete anos, mas começa na concepção, quando se inicia o continuum 1, com a construção do corpo físico, comandado pelo modelo organizador biológico (perispírito). Sem este, não há diferenciação celular e organização espacial do novo organismo.
Por seu alto grau de vitalidade, a maquinaria celular embrionária tem certo automatismo. Este, aliado ao alto poder mental da mãe, garante o desenvolvimento do embrião antes da diferenciação celular começar, mesmo na ausência de um espírito reencarnante. Sendo assim, é teoricamente viável aceitar que muitos embriões concebidos in vitro não tenham espíritos, porém, é impossível aceitar que, nesse tipo de fertilização, nunca haverá ligação de espíritos. Classificar todos os embriões concebidos in vitro como montículos de células sem vida não é apenas uma suposição, mas também uma improbabilidade.
A ciência ainda não nos dá certeza de que um embrião tenha ou não espírito ligado. Talvez venhamos a tê-la, através da reprogramação epigênica, relatada no trabalho do dr. Eggan 2,
que pode significar a percepção biológica da reencarnação 3, ou pela identificação de campos biomagnéticos com aparelhos como o TEM, idealizado pelo dr. Hernani Guimarães Andrade 4.
Até lá, devemos tratar todos da mesma forma, pois o benefício da dúvida deve estar em favor da vida.
Como a maioria dos embriologistas, Keith L. Moore afirma, em Embriologia Clínica, que o zigoto é o início de um ser humano. Não cabe aqui nenhuma “flexibilização” do conceito, em nome de interesses outros que não os da dignidade humana.
Ao contrário do que se pensava, as células-tronco adultas (CTA) têm enorme versatilidade, pois já se pode produzir até células embrionárias a partir delas 5, além do que são mais “dóceis”, prestando-se a culturas em laboratório. Até o momento, todos os resultados positivos foram obtidos com elas, porque são retiradas do próprio paciente, reduzindo-se a praticamente zero a rejeição. Já as células-tronco embrionárias (CTE) não têm sido úteis devido à enorme dificuldade em se obter, com elas, culturas estáveis. A revista The Lancet, de julho de 2004, traz um artigo de Allegrucci e col, afirmando que as CT de embriões congelados não se prestam às pesquisas em terapia, daí a fixação dos especialistas na clonagem humana como única alternativa para a obtenção de CTE com fins terapêuticos.
Recentemente, o dr. Woo-Suk Hwang anunciou, pela primeira vez, a conquista de cultura de CTE a partir de clones humanos, mas a revista Science, na qual o artigo tinha sido publicado, descobriu tratar-se de fraude, e retratou-se. Ainda que não fosse fraude, o número de células anunciadas no trabalho coreano, cerca de 150 por linhagem, seria inútil em terapia. Os tratamentos mais promissores com CTA utilizam cerca de 40 bilhões de células 6.
Na votação da Lei de Biossegurança, a opinião pública não foi devidamente esclarecida. Vimos portadores de deficiência física chorando, emocionados, com sua aprovação, o que demonstra o quanto foram iludidos. Trabalhar pelo progresso e desenvolvimento da ciência é uma obrigação, mas deve-se ter muito cuidado para não gerar falsas expectativas, manipulando de maneira desonesta a esperança das pessoas.
Os embriões congelados que estão sendo destinados às pesquisas foram produzidos com fins reprodutivos. Tinham, pois, a intenção de nascer, podendo ter espíritos ligados. É nosso dever alertar para essa distorção, porque o embrião “coisificado”, não considerado como organismo humano vivo, torna lícito o aborto. Se o embrião congelado não é vida, por que o embrião no útero seria? Alguns já defendem a interrupção da gestação de fetos portadores de anomalias, desde anencefalia até a Síndrome de Down. Onde vamos parar? Qual é o limite ético que se estabelecerá? Seria muito mais lógico, antes de se descartar os embriões congelados, discutir a regulamentação de sua produção para fins reprodutivos. Se o embrião é considerado, pela ciência, organismo humano vivo, por que, principalmente nós, espíritas, não o respeitamos como tal? Compreendo a preocupação legítima de alguns irmãos de Doutrina que temem assumir posições que possam obstruir a evolução da ciência. Creio, porém, não ser recomendável abandonarmos preceitos básicos, tentando “adaptá-los” para estarem “de acordo” com o modo de pensar dos cientistas materialistas.
Quando nós, médicos espíritas, rechaçamos a utilização de células embrionárias, o fazemos também baseados na ciência e não deixamos de lado os princípios da Doutrina. Alguns confrades argumentam que não precisamos nos preocupar com os embriões, pois a Espiritualidade Superior não permitiria que um espírito fosse prejudicado, designando-o a um embrião que não seria implantado no útero. Esquecem-se de que existem renascimentos não programados, uniões que obedecem tão somente à lei da atração entre os seres, exercida de forma irresistível, segundo Kardec. A nosso ver, as leis de Deus seriam muito pobres se dependessem do controle fortuito dos Seus filhos.
Reafirmamos o nosso entusiasmo pelo progresso da ciência, porém estamos atentos à responsabilidade de nossas escolhas. No caso das pesquisas de embriões, não queremos ser responsáveis por uma nova modalidade de crime – o “aborto de proveta” –, verdadeiro genocídio, que eliminará milhões. Como disse Madre Tereza: “Um país que aceita o aborto não está a ensinar os seus cidadãos a amar, mas a usar a violência para obter o que querem. É por isso que o maior destruidor do amor e da paz é o aborto.”
Notas
Para os embriologistas Moore e Persaud, na página 2 do livro
Embriologia Humana, “O desenvolvimento humano é um processo contínuo que começa quando um ovócito é fertilizado por um espermatozóide”.
EGGAN, K., RIDEOUT III, W.M., JAENISCH, R. Nuclear cloning and
epigenetic reprogramming of the genome. Science, v. 293, p. 1093-98, aug./2001
Esta argumentação está no capítulo III do livro A reencarnação como
lei biológica.
No livro Espírito, perispírito e alma encontramos o embasamento
teórico deste postulado.
Trabalho realizado pelo dr. Rudolf Jaenisch, do Instituto Whitehead,
nos EUA, pesquisador do mesmo grupo do Dr. Kevin Eggan, já citado anteriormente. Revista Cell de maio de 2005.
Segundo trabalhos já publicados por Dohmman, do Rio de Janeiro, e
Ribeiro dos Santos, da Bahia.
Fonte
Aprofundamento Doutrinário
Autor: Sérgio Biagi Gregório
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