Animismo

Publicado em 1 de Fevereiro de 2019 ‐ 3 min de leitura

Teoria segundo a qual a alma é simultaneamente princípio de vida orgânica e psíquica.

Para o Espiritismo, é relativo aos fenômeno intelectuais e físicos que deixam supor uma atividade extracorpórea ou a distância do organismo humano, e mais especialmente todos os fenômenos que podem ser explicados por uma ação que o homem vivo exerce além dos limites do corpo, ou seja, o conjunto dos fenômenos psíquicos produzidos com a cooperação consciente ou inconsciente dos médiuns em ação. Se ele tem por causalidade o Espírito desencarnado, o fenômeno denomina-se espiritual ou mediúnico; mas, se o Espírito é o próprio encarnado, chama-se anímico.

Perguntas Relacionadas

O que se entende por animismo?

Em sentido restrito, explica-se a vida pela presença, em cada organismo, de uma alma. Opõe-se ao materialismo, que a explica pela matéria inanimada.

Em sentido mais amplo, é imaginar uma alma (anima) em todos os seres, inclusive naqueles privados de sensibilidade, tais como, florestas, rios e estrelas.

Como distinguir animismo de vitalismo?

Tanto o animismo quanto o vitalismo pressupõem que a alma é o princípio ou causa de todos os fenômenos vitais. Para os vitalistas, há dois princípios explicativos da vida, formando um duplo dinamismo. Os animistas atribuem a uma causa única, a alma, os fenômenos vitais e os de ordem intelectual e moral.

Quem criou a teoria do animismo?

Foi o etnólogo inglês Tylor (E. B. Tylor), na segunda metade do século XIX. Ele extraiu esta palavra das concepções dos filósofos da antiguidade, em que, para a mente do selvagem, as almas e espíritos animam todas as coisas, vivas e inertes, do Universo.

O que é o animismo para o Espiritismo?

É o estado em que opera o Espírito do médium, e não o do desencarnado. O médium, sob a influência da própria faculdade ou da assistência, fala e obra por si mesmo sem interferência de Espírito desencarnado.

Por que se diz que animismo é a influência do médium na comunicação

mediúnica? Porque a mediunidade não existe sem animismo. Sempre que houver uma comunicação mediúnica, haverá a influência do médium, que empresta o seu veículo físico para a manifestação do Espírito desencarnado.

Kardec utiliza o termo animismo?

Não. Contudo, um estudo apurado do capítulo 19 de O Livro dos Médiuns esclarece-nos que nas comunicações… “O Espírito do médium é interprete e exerce influência sobre as comunicações que deve transmitir. Nunca é completamente passivo. É passivo quando não mistura suas próprias idéias à do Espírito estranho, porém, jamais é absolutamente nulo, seu concurso é sempre necessário como intermediário, mesmo nos que vocês chamam de médiuns mecânicos” (1).

Como se explica a coexistência entre animismo e mediunidade?

O Espírito André Luiz, em Mecanismos da Mediunidade, diz-nos que “se os vivos da terra e os vivos do além respirassem climas evolutivos fundamentalmente diversos, a comunicação entre eles resultaria de todo impossível, pela impraticabilidade do ajuste mental” (2).

No que o animismo difere da mistificação?

Animismo é a influência do médium na comunicação do Espírito. Poderá haver contradições, e até erro na comunicação. A mistificação, pelo contrário, é enganar, é abusar na credulidade de alguém fazendo-o crer como verdadeiro o que é falso. É agir de má fé.

Como diminuir o grau de influência do médium na comunicação

mediúnica? Estudando, procurando se aperfeiçoar e educando a sua mediunidade. Quando o natural se torna consciente, podemos emprestar o nosso veículo sem medo de que Espíritos menos felizes venham se comunicar através dele.

Referencias

(1) KARDEC, A. O Livro dos Médiuns, cap. XIX e XXVII.

(2) LUIZ, A. Mecanismos da Mediunidade, cap. XXIII.

Fonte

Aprofundamento Doutrinário
Autor: Sérgio Biagi Gregório

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Fonte

O Consolador - Vocabulário