Lei do Trabalho
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Publicado em 11 de Janeiro de 2019 ‐ 3 min de leitura
Já aprendemos que a Lei da Natureza, ou Lei Natural, ou Lei Divina, ou Lei de Deus, é aquela que não depende da vontade do homem para a sua existência. Assim, as satisfações das necessidades do homem, sejam eles brutos ou ignorantes, sejam inteligentes ou cultos, pobres ou ricos, somente se realizam pelo trabalho de alguém ou da própria Natureza. A grandeza moral do trabalho está em cada um vivendo pelo seu próprio esforço braçal ou intelectual. O trabalho é uma Lei Natural, imutável, como Deus a fez.
O trabalho nos dois planos da vida — material e espiritual
Quando, na Questão 675, de O Livro dos Espíritos, se pergunta se devemos entender por trabalho apenas as ocupações materiais, o Plano Espiritual responde: “Não; o Espírito também trabalha, como o corpo. Toda ocupação útil é trabalho”. Desta forma, materialmente, tanto trabalha o pescador, como o mecânico, ou o aviador, ou o motorista, ou o padeiro, ou o lavrador, ou a dona-de-casa (cuidando do lar e preparando alimento para a família). Entretanto, no plano espiritual, por trás de cada ato nosso, há o trabalho dos Espíritos, trazendo luz e inspiração. As grandes e pequenas obras do intelecto (que não decorrem da matéria-prima física) — inventos, descobertas, grandes livros que mudaram o curso da História — são emanados do Espírito, são trabalhos realizados na esfera da ação espiritual.
Finalidade do trabalho imposto ao homem
Sendo o trabalho uma exigência da Natureza, verificando-se que até os animais irracionais trabalham para o seu sustento (conservação) e para o próprio equilíbrio natural (para o renovar das espécies), devemos aprender que, para o homem o “trabalho é conseqüência de sua natureza corpórea: serve como expiação de débitos passados, assim como para a conservação de seu corpo, e também como meio de aperfeiçoar a inteligência, pelo aprendizado, desenvolvendo seu pensamento. Mesmo aquele que possui bens suficientes para viver sem “verter o suor de seu corpo”, sem dúvida, tem o dever moral de ser útil ao semelhante e, fazendo-o, cumpre a Lei Natural do Trabalho.
Limite do trabalho e necessidade do repouso
Ensinam os Espíritos que, também fazendo parte da Lei da Natureza, “o repouso serve para reparar as forças do corpo, e é necessário para deixar um pouco mais de liberdade à inteligência, que deve elevar-se acima da matéria”. Mostram, ainda, os Espírito que “o limite do trabalho é o limite das forças; não obstante, Deus dá liberdade ao homem”.
Exploração do homem pelo homem no trabalho
A consciência ponderada do ser humano espiritualizado, mais evoluído, repele a exploração do homem pelo homem, pela ganância, pelo egoísmo, pelo prazer; repele até a exploração excessiva dos animais, levando-os à exaustão. Aprende-se com os Espíritos que é ação maléfica (contrária à Lei de Deus) a do homem que tem poder e, por isso, impõe excesso de trabalho aos seus inferiores.
O trabalho para um materialista e um santo da igreja
Segundo Karl Marx, filósofo materialista, o homem, com o seu trabalho, sua ação sobre a Natureza, transforma esta e também a si mesmo. (Não teria sido inspirado pelos Espíritos?). Para Santo Agostinho, grande filósofo da Igreja, Espírito de alta hierarquia, o trabalho desenvolve no homem, e uma só vez, as qualidades do coração e as da inteligência.
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Bibliografia Recomendada
- O Livro dos Espíritos, Allan Kardec
- O Espírito e o Tempo, Herculano Pires