Lei de justiça amor-e-caridade

Publicado em 11 de Janeiro de 2019 ‐ 3 min de leitura

A Lei de Justiça, Amor e Caridade é a mais importante das Leis Naturais porque ela resume todas as outras.

Que relação existe entre justiça, amor e caridade?

A justiça procura simplesmente ajustar-se à lei. A lei, contudo, é fria, diz respeito a uma norma. Observe, porém, o provérbio inglês: “Law on the table, justice under the table” (“Lei sobre a mesa, justiça sob a mesa”). A obediência cega a uma lei pode acarretar uma injustiça para com os seres humanos. Nesse caso, o amor e a caridade entram como um complemento da Lei de Justiça. Na pergunta 886 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec diz: “O amor e a caridade são o complemento da lei de justiça, porque amar ao próximo é fazer-lhe todo o bem possível, que desejaríamos que nos fosse feito. Tal é o sentido das palavras de Jesus: ‘Amai-vos uns aos outros, como irmãos’”.

Como distinguir a justiça humana da justiça divina?

A justiça humana está sujeita às limitações do ser humano. Serve para uma sociedade durante um determinado período de tempo, conforme o grau de desenvolvimento moral e espiritual alcançado pelas pessoas que ali vivem. A justiça divina é a justiça estabelecida por Deus, é um modelo a ser seguido. A função dos seres humanos é aproximar-se cada vez mais dessa justiça maior, a justiça das justiças.

Qual o critério da verdadeira justiça?

“O critério da verdadeira justiça é de fato o de se querer para os outros aquilo que se quer para si mesmo, e não de querer para si o que se deseja para os outros. Como não é natural que se queira o próprio mal, se tomarmos o desejo pessoal por norma ou ponto de partida, podemos estar certos de jamais desejar para o próximo senão o bem. Desde todos os tempos e em todas as crenças o homem procurou sempre fazer prevalecer o seu direito pessoal. O sublime da religião cristã foi tomar o direito pessoal por base do direito do próximo”. (Kardec, 1995, perguntas 873 a 876)

O que é a caridade, segundo Jesus?

“A caridade, segundo Jesus, não se restringe à esmola, mas abrange todas as relações com os nossos semelhantes, quer se trate de nossos inferiores, iguais ou superiores. Ela nos manda ser indulgentes, porque temos necessidade da indulgência, e nos proíbe humilhar o infortúnio, ao contrário do comumente se pratica… O homem verdadeiramente bom procura elevar o inferior aos seus próprios olhos, diminuindo a distancia entre ambos”. (Kardec, 1995, pergunta 885)

Deve o homem sofrer ou fugir à injustiça?

Lembremo-nos do diálogo entre Sócrates e sua esposa. Ao visitá-lo na prisão, ela diz que aquela acusação era injusta e que ele deveria fugir de lá. Como filósofo que era, retrucou: e você gostaria que a acusação fosse justa?

Bibliografia

  • KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed. São Paulo: IDE, 1984.
  • KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed. São Paulo: Feesp, 1995.

Fonte

Aprofundamento Doutrinário
Autor: Sérgio Biagi Gregório

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