Lei de Justiça
Conheça mais sobre a Lei de Justiça.
Publicado em 11 de Janeiro de 2019 ‐ 7 min de leitura
Justiça de acorddo com ulpiano, jurista romano “é a vontade constante e perpétua de dar a cada um o que é seu”. Segundo os Espíritos Superiores, “justiça é o respeito aos direitos de cada um”. A justiça é um sentimento natural; Deus o concedeu ao homem.
Justiça divina
(regra da lei natural): querer para os outros aquilo que se quer para si mesmo ou não desejar para os outros o que não é natural desejar para si.
Justiça divina na sua plenitude
(fundada na acepção espírita): o fato da reencarnação, porque a finalidade desta, pela vontade de deus, é conceder ao homem, ao ser pensante encarnado, a oportunidade de expiar seus erros de vida anterior e de progredir pelo seu próprio esforço.
Assim, Deus, por sua magnanimidade, usa da equidade e do amor celestiais, e põe na balança da suprema justiça as ações dos homens; com imparcialidade, sopesa os obstáculos que cada um teve na vida anterior, voluntária ou involuntariamente, e lhes concede, um a um, a chance de resgatar seus débitos, de reparar seus erros, através de provações da nova existência.
Justiça e direito de propriedade
partindo do princípio de que todos têm o direito à vida, sendo este o primeiro dos direitos naturais, juntar o que conseguiu e, sem egoísmo, defender sua propriedade honesta.
A propriedade fruto do trabalho é um direito natural. O que aberra à lei de deus e à própria consciência dos homens de bem é o fato de, egoisticamente, o indivíduo acumular posses sem destino útil ou adquiridas em prejuízo alheio. hoje, inclusive perante a lei dos homens, a propriedade deve ter uma destinação social, para melhor aproximar-se da justiça, evitando que poucos tenham muito e muitos tenham pouco.
Perguntas Frequentes
O que se entende por justiça?
A justiça é o bem maior da humanidade. Em seu sentido restrito, é a vontade de conceder o direito a si próprio e aos outros segundo a igualdade. Em seu sentido moral, respeitar cada um a si mesmo e ao próximo. “Dar a cada um o que é seu”.
Como distinguir a justiça humana da justiça divina?
A justiça humana está sujeita às limitações do ser humano. Serve para uma sociedade durante um determinado período de tempo, conforme o grau de desenvolvimento moral e espiritual alcançado pelas pessoas que ali vivem. A justiça divina é a justiça estabelecida por Deus, é um modelo a ser seguido. A função dos seres humanos é aproximar-se cada vez mais dessa justiça maior, a justiça das justiças.
Qual o critério da verdadeira justiça?
“O critério da verdadeira justiça é de fato o de se querer para os outros aquilo que se quer para si mesmo, e não de querer para si o que se deseja para os outros. Como não é natural que se queira o próprio mal, se tomarmos o desejo pessoal por norma ou ponto de partida, podemos estar certos de jamais desejar para o próximo senão o bem. Desde todos os tempos e em todas as crenças o homem procurou sempre fazer prevalecer o seu direito pessoal. O sublime da religião cristã foi tomar o direito pessoal por base do direito do próximo”. (Kardec, 1995, perguntas 873 a 876)
Qual o critério da verdadeira justiça?
“O critério da verdadeira justiça é de fato o de se querer para os outros aquilo que se quer para si mesmo, e não de querer para si o que se deseja para os outros. Como não é natural que se queira o próprio mal, se tomarmos o desejo pessoal por norma ou ponto de partida, podemos estar certos de jamais desejar para o próximo senão o bem. Desde todos os tempos e em todas as crenças o homem procurou sempre fazer prevalecer o seu direito pessoal. O sublime da religião cristã foi tomar o direito pessoal por base do direito do próximo”. (Kardec, 1995, perguntas 873 a 876)
Deve o homem sofrer ou fugir à injustiça?
Lembremo-nos do diálogo entre Sócrates e sua esposa. Ao visitá-lo na prisão, ela diz que aquela acusação era injusta e que ele deveria fugir de lá. Como filósofo que era, retrucou: e você gostaria que a acusação fosse justa?
Como é posta a justiça em Aristóteles?
Para Aristóteles, a justiça é o principal fundamento da ordem do mundo. Ela não está dissociada da polis, da cidade, ou da vida em sociedade. Ela não é adquirida nos livros ou mesmo pelo pensamento. Ela tem que ser construída na vida prática, isto é, pela obediência às leis da pólis e pelo bom relacionamento com os cidadãos.
Relacione justiça humana e justiça divina.
A justiça humana, através de leis estabelecidas pelas autoridades de um determinado país, julga e castiga os delitos cometidos. Uma pessoa fica reclusa por vários anos. Atendeu à lei do homem. E com relação à justiça divina? A justiça divina vê o sujeito na sua totalidade, incluindo as suas diversas encarnações. Pode-se dizer que a justiça humana pune os crimes factuais; a justiça divina, os essenciais. Nada fica incólume. Nesse caso, é possível que o sujeito tenha cumprido a sua pena na Terra, mas não o tenha saldado com relação à justiça divina, que vê o que se passa no íntimo do ser.
Como se adquire o conhecimento verdadeiro?
Conhecimento é o reflexo e a reprodução do objeto em nossa mente.
Conhecimento verdadeiro é aquele que reflete corretamente a realidade na mente.
Verdade é o reflexo fiel do objeto na mente, adequação do pensamento com a coisa.
É a relação entre o Sujeito cognoscente e o Objeto que precisa ser conhecido. Como depende de nosso juízo de valor, convém que estejamos sempre nos desfazendo dos dogmas e dos preconceitos, para melhor avaliar o que se nos chega à mente.
Como interpretar o “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”?
Cristo nos disse que deveríamos conhecer a verdade, que ela nos libertaria. Mas como? Ele não nos pede uma racionalização da verdade, mas uma transcendência em Deus. Transcendência esta que nos livra do erro, da mentira e do vício. Não podemos ficar presos aos “aspectos da verdade”, ou às “verdades provisórias”, mas à submissão do dever fielmente cumprido.
Tudo o que é justo é verdadeiro?
Em principio, tudo o que é justo deve também ser verdadeiro. Acontece que vivemos num mundo imperfeito. Nesse caso, podemos cometer muitas injustiças em nome da justiça, pois como determinar com exatidão o que é justo e o que é injusto? Conta-se o caso de um habitante de um mundo superior em visita ao nosso. Em suas observações, detectou: 1) uma pessoa ser presa por ter roubado um pedaço de pão para saciar a sua fome; 2) outra, que havia dizimado centenas de seres humanos em batalhas sangrentas, ser condecorada. Disse: vamos esperar mais uns 500 anos para ver como estará a justiça no Planeta Terra.
As aflições são justas?
Sim. Dada a limitação do nosso conhecimento, achamos que Deus é injusto, que Ele nos manda uma prova além de nossa força. Tudo isso é puro engano. Cada um de nós está no devido lugar, para a realização do seu progresso material e espiritual. Nada que se nos acontece, acontece por acaso.
Podemos refutar uma verdade? Ela pode ficar oculta?
Não. Os filósofos da antiguidade já nos diziam que, no justo momento em que quisermos refutar uma verdade, seremos por ela refutados. Cristo, nas suas pregações, disse: “Não há nada escondido que não venha a ser revelado, nem oculto que não venha a se tornar conhecido” (Mateus 10.16b). Daí, a certeza de que diante da verdade só nos resta aceitá-la de bom grado, seja agradável ou desagradável.
Cite algumas frases sobre justiça e verdade.
“Justiça e verdade são duas pontas tão finas que os nossos instrumentos são demasiadamente obtusos para nelas tocar com exatidão. Quando chegam a aproximar-se, destroem a ponta, e se apoiam em toda a volta, mais sobre o falso do que sobre o verdadeiro” (Pascal).
“Se sofreres uma injustiça, consola-te, que a verdadeira desgraça é cometê-la” (Pitágoras).
“Quem decide um caso sem ouvir a outra parte não pode ser considerado justo, ainda que decida com justiça” (Sêneca).
“A verdade nunca é injusta; pode magoar, mas não deixa ferida” (Eduardo Girão)
“O homem é injusto, mas Deus é justo, e a justiça finalmente, triunfa” (H. L. Longfellow).
Fonte
- CE Ismael | Lei de Justiça
- Aprofundamento Doutrinário, Sérgio Biagi Gregório
- Aprofundamento Doutrinário
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Bibliografia Recomendada
O Livro dos Espíritos, Allan Kardec
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