Scheilla

Publicado em 1 de Fevereiro de 2019 ‐ 5 min de leitura

Scheilla é o nome de um espírito ao qual médiuns brasileiros como Chico Xavier e João Nunes Maia atribuem a autoria de certas obras psicografadas.

França

Segundo relatos espíritas, em uma de suas vidas passadas, Scheila teria vivido na França, como Joana Francisca Frémiot (Dijon, 28 de Janeiro de 1572 - Moulins, 13 de Dezembro de 1641).

Casou-se aos 20 anos com o barão de Chantal. Tendo muito cedo perdido seu marido, abandonou o mundo com seus quatro filhos, partilhando o seu tempo entre as orações, as obras piedosas e os seus deveres de mãe. Em 1604, tendo vindo pregar em Dijon, o bispo de Genebra, S. Francisco de Salles, submeteu-se à sua direção espiritual.

Fundaram, em Annecy, a Congregação da Visitação de Maria (1610), que contava, à data de sua morte, com 87 conventos e, no primeiro século, com 6.500 religiosos. A baronesa de Chantal dirigiu, como superiora, de 1612 a 1619 a casa que havia fundado em Paris, no bairro de Santo Antônio.

Em Paris, instalaram-se em pequena casa alugada em bairro pobre. Passaram por grandes necessidades, mas a Ordem da Visitação (de Paris) foi aumentando e superou as dificuldades. Em 1619, São Vicente de Paulo ficou como superior do Convento da Ordem da Visitação. Santa Joana de Chantal deixou o cargo de superiora da Ordem da Visitação e voltou a Annecy, onde ficava a casa-mãe da ordem. A Santa várias vezes tornou a ver São Vicente de Paulo, seu confessor e diretor espiritual.

Foi desposada, aos 20 anos de idade, pelo barão de Chantal. Em 1604, tendo ouvido pregar em Dijon, o bispo de Genebra, São Francisco de Salles, submeteu-se à sua direção espiritual. Juntos fundaram, em Annecy, a Congregação da Visitação de Maria (1610), que, à data de sua morte, já contava com 87 conventos e, no primeiro século de existência, com 6.500 religiosos.

A baronesa de Chantal dirigiu, como superiora, de 1612 a 1619 a casa que fundou em Paris, no bairro de Santo Antônio. Deixou o cargo de superiora da Ordem da Visitação e voltou a Annecy, onde ficava a casa-mãe da ordem. Foi canonizada em 1767 pela Igreja Católica como Santa Joana de Chantal.

Alemanha

Em uma outra encarnação, sob o nome de Scheilla, teria vivido na Alemanha, à época da Segunda Guerra Mundial. Aos 28 anos de idade, quando exercia as funções de enfermeira em Hamburgo, faleceu durante um bombardeio Aliado, em 1943.

De acordo com algumas versões, o espírito teria se materializado pela primeira vez através do médium Francisco Peixoto Lins (Peixotinho), em Macaé, no estado do Rio de Janeiro, por volta de 1943, ainda durante a Segunda Guerra Mundial.

Outras referem essa data como 1948, nas reuniões do Centro Espírita André Luís na cidade do Rio de Janeiro.

Peixotinho, em Macaé (RJ), iniciou um trabalho de orações para as vítimas da II Grande Guerra. Foi então que, de repente, chegou lá e se materializou um Espírito chamado Rodolfo, que contou que era de uma família legitimamente espírita, morando na Alemanha. Ele teve de servir na guerra como oficial-médico e o pai dele, Dr. Fritz, muito reservado, educado, severo, muito autêntico, que passou muitas ideias humanitárias aos filhos, havia lhe dito: − Matar nunca. Ao que Rodolfo respondeu: − Pai, não é isso, vou servir como médico.

Brasil

Em certa ocasião, o Dr. Rodolfo foi chamado como oficial para integrar um pelotão de fuzilamento. Ele, então, disse: − A minha missão é salvar, não matar. E, de acordo com o regulamento militar, ele passou a ser considerado criminoso, porque deixou de servir à pátria, pois a pátria pedia a ele que matasse alguém e ele se negou. Então, disseram-lhe: −Já que você não vai executar esse homem, você vai ficar junto dele para morrer como um traidor. E ele foi fuzilado na mesma hora. A essa altura, manifestou-se (espiritualmente) ao pai e disse: − Pai, já estou na outra dimensão da vida. Cumpri a palavra empenhada: não matei, preferi morrer.

Para que não continuasse no ambiente de guerra, foi amparado espiritualmente aqui, no Grupo Espírita Pedro (Macaé-RJ). Peixotinho, por ter sido militar, em razão justa, como espírita, tinha esse trabalho de preces em benefício das vítimas de guerra e pela paz.

E esses fatos se deram no auge da II Guerra Mundial, quase no final. Certo dia, Rodolfo (Espírito) disse, assim, no Grupo de Oração do Peixotinho: − Orem por minha irmã, ela está correndo perigo. E como a voz do alemão, através da voz direta por ectoplasmia, não era bem nítida, um sotaque carregado, a pronúncia do nome da sua irmã não saía boa, ao invés de Scheilla, saía Ceila. Passado alguns dias ele disse: − Minha irmã acabou de desencarnar. Foi vítima de bombardeio da aviação. Ela e meu pai desencarnaram. Dias depois, para agradável surpresa da equipe, materializou-se uma jovem loura e disse: − Eu sou Scheilla. Foi muita alegria! Os irmãos ficaram cheios de júbilos espirituais.

Rodolfo, nas primeiras vezes em que psicografou mensagens, assinava O Fuzilado.

Obras

  • “A Mensagem do Dia” (psicografia de Clayton B. Levy)
  • “Chão de Rosas” (psicografia de João Nunes Maia)
  • “Flor de Vida” (psicografia de João Nunes Maia)
  • 1972 - “Mãos Marcadas” (coletânea de 41 mensagens por espíritos diversos, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier)
  • “Digna Estrela” (psicografia de Jairo Avellar)
  • “Superando Desafios” (psicografia de Jairo Avellar)

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