Leopoldo Machado
Publicado em 1 de Fevereiro de 2019 ‐ 3 min de leitura
Nasceu no Arraial de Cepa Forte, hoje Jandaíra, Bahia, em 30 de setembro de 1891.
Leopoldo Machado, como era conhecido, iniciou-se na Doutrina Espírita pelas mãos abençoadas do inolvidável José Petitinga, no ano de 1915, tornando-se arauto da fé e do trabalho.
Espírito de liderança, foi impulsionado às tarefas do bem e da verdade, vivendo a Doutrina Espírita em toda a sua pujança.
Após seu casamento com Dona Marília Ferraz de Almeida, radicou-se na cidade de Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, onde iniciou grandes tarefas.
Ele e a esposa tomaram a iniciativa de construir o Albergue Noturno Allan Kardec e o Lar de Jesus para meninas órfãs.
Educador pedagógico, inaugurou o Colégio Leopoldo, tradicional estabelecimento de ensino, considerado uma das melhores organizações educacionais da baixada fluminense.
Jornalista, professor, escritor, poeta, compositor, pregador e polemista difundiu a Doutrina Espírita por todos os meios e formas, merecendo o respeito dos adversários da Doutrina e a admiração dos confrades.
Leopoldo Machado incentivou as novas gerações a pegar no arado com a criação das Mocidades Espíritas e das Escolas Espíritas de Evangelização para Infância.
Impulsionou as Semanas Espíritas, as Tardes Fraternas, os Simpósios, as Mesas Redondas e os Congressos Espíritas.
Realizou o “milagre” de estar presente em quase todos os movimentos espíritas confraternativos, percorrendo todo o Brasil, exaltando o Evangelho de Jesus e a Doutrina dos Espíritos, como sendo a volta do Cristianismo Redivivo, no seu sentido mais puro, como era pregado na Casa do Caminho.
Dentre vários eventos, destaca-se o I Congresso de Mocidades Espíritas do Brasil, de 17 a 23 de julho de 1948, tendo frente Leopoldo Machado Lins de Vasconcelos.
Foi uma das mais belas e proveitosas realizações espíritas de todos os tempos e, até hoje, colhem-se frutos.
Nesse mesmo ano, Leopoldo Machado tomava parte ativa no Congresso Brasileiro de Unificação, realizado de 31 de outubro a 5 de novembro.
Em 1949, era convocado para o 11º Congresso Pan-americano, realizado no Rio de Janeiro.
Após, esteve presente, juntamente com Lins de Vasconcelos, Carlos Jordão da Silva, Francisco Spinelli, Ary Casadio e Luiz Burgos na Caravana da Fraternidade, que teve como coroamento o Pacto Áureo, incentivo unificador na formação do Conselho Federativo Nacional, sob os auspícios da Federação Espírita Brasileira.
Realizou também a Primeira Festa Nacional do Livro Espírita, em homenagem ao dia 18 de abril.
Escritor de vários livros espíritas, como Pigmeus Contra Gigantes, Caravana da Fraternidade, Ide e Pregai e muitos outros, além de crônicas, peças teatrais, biografias, roteiros, teses. Ainda compôs inúmeras melodias para a mocidade e a infância.
Leopoldo Machado acreditou na força dos moços, como mola propulsora para renovação de valores do movimento espírita; acreditou nos Congressos, nas Semanas Espíritas e nas Confraternizações.
Lutou tenazmente para desencastelar muitos espíritas, que só pensavam em termos de suas Instituições, porque acreditava que Espiritismo é Luz, é Sol que, no futuro próximo, iluminará a humanidade.
Lutou pela renovação de valores e de conceitos, sem fugir aos ditames da Codificação Kardequiana.
Franco, leal, sincero e audaz.
Essa foi a figura personalíssima de Leopoldo Machado.
Desencarnou na cidade de Nova Iguaçu (RJ), aos 22 de agosto de 1957.
Fonte
O Consolador
(Fonte: Personagens do Espiritismo, de Antônio de Souza Lucena e Paulo Alves Godoy − Edições FEESP)