Porteiros do mundo
Publicado em 1 de Fevereiro de 2019 ‐ 3 min de leitura
Você já se deu conta da importância daqueles que recebem os Espíritos recém-chegados à Terra pelas portas da reencarnação?
Sim, falamos dos profissionais que realizam partos e seguram o bebê antes mesmo do que a própria mãe.
Há casos belíssimos e emocionantes contados por esses missionários que poderíamos chamar de porteiros do mundo.
Um deles é do Dr. Eliezer Berenstein.
Conta ele que, quando era apenas estudante de medicina e preparava-se para fazer psiquiatria, foi encarregado de atender a uma paciente.
Assim que entrou na enfermaria e se apresentou, ela o surpreendeu com uma pergunta:
O senhor nunca sorri?
Essa cara amarrada é sinal de algum problema, disse com ar descontraído.
Estou bem, obrigado. A senhora é que deve estar com algum problema e, por isso, vim examiná-la, disse o futuro psiquiatra, já levantando o lençol e o avental que a cobriam.
É recém-formado?, insistiu a enferma.
Por quê? Perguntou preocupado.
É que estou nua, a porta está aberta e eu sou uma freira.
Bem, mas não se preocupe com isso, insistiu a Irmã Madalena. Já fui parteira aqui neste hospital. Convivi com muitos médicos e sei reconhecer um bom profissional.
O senhor será um ótimo parteiro.
O jovem médico corrigiu-a:
Eu não vou fazer partos, serei psiquiatra e, agora, vou lhe dar um remedinho.
O senhor tem mesmo um remédio para mim? Os médicos já me desenganaram, meu tumor cresceu demais…
Diz o doutor Berenstein que as palavras e o comportamento daquela freira o viraram do avesso.
No dia seguinte, tirou a barba, que o deixava parecido com Freud, e decidiu que seria parteiro.
Quando foi contar a novidade à Irmã Madalena, ela, com simplicidade e sabedoria, continuou a lhe dar grandes lições.
O senhor tem mãos tanto para dar adeus quanto para dizer olá.
E tenha muito carinho com o primeiro parto que fizer, porque serei eu que estarei voltando.
Conta o doutor Berenstein que algum tempo depois de formado fez seu primeiro parto. Irmã Madalena já havia morrido.
Diz ele que chorou mais do que a criança, que era uma menina e acabou recebendo o nome de Madalena.
Daquele dia em diante ele não teve mais dúvida de que sua missão era ser parteiro. Um porteiro do mundo, como dizia a Irmã Madalena.
* * *
Todo profissional que desempenha seu trabalho, com seriedade e dedicação, é um colaborador de Deus.
Seja calejando as mãos na lavoura ou criando sistemas sofisticados de informática; limpando feridas ou construindo edifícios; fazendo a higiene das ruas ou cultivando jardins, todos somos peças importantes dessa grande nave que chamamos Terra, e cujo administrador é Deus.
Fonte
Redação do Momento Espírita com base em artigo publicado na revista Crescer, de mai/1999.
Em 13.09.2010.